sábado, 16 de maio de 2015

Telejornalismo A falácia do jornalismo tipo ‘ele disse, ela disse’

Os telejornais, a principal fonte de informação dos brasileiros, abusam cada vez mais da ferramenta editorial conhecida pelo jargão norte-americano como “ele disse, ela disse”, baseada na norma de ouvir os dois lados numa notícia. Pode tranquilizar redatores e editores, mas o telespectador fica perdido no meio de um tiroteio informativo .
O procedimento quase padrão nas reportagens de telejornais é partir de uma denúncia, dado ou fato impactante para em seguida apresentar declarações do denunciante, autor do dado ou protagonista do fato. Depois disso vem a declaração do lado contrário, geralmente com justificativas, explicações burocráticas ou o recurso a novos dados ou fatos, que aumentam ainda mais a confusão do leitor.
O “ele disse, ela disse” tem uma consequência ainda mais nefasta porque consagra a omissão dos repórteres e editores de investigar os fatos, eventos e dados numéricos objeto da notícia ou reportagem. Basta um ser contra e outro a favor para a tarefa jornalística ser considerada cumprida.
Tomemos um caso ocorrido recentemente e que serve de paradigma para a esmagadora maioria das notícias dos telejornais dos canais abertos. Fraude do leite. Destaque para a prisão dos suspeitos, seguindo-se a declaração de policiais e procuradores que explicam a fraude, os detalhes da captura, e fazem questão de sempre mencionar os anos de prisão a que estão sujeitos os acusados. No final, vêm as explicações dos advogados de defesa e dos suspeitos que dizem não ter feito nada de ilegal. O telespectador que se vire para entender quem tem e quem não tem razão.
É necessário reconhecer que uma notícia importante e digna de ser incluída num telejornal geralmente envolve questões complexas, cujo esclarecimento exige tempo e trabalho, dois itens críticos no ritmo industrial de produção de um noticiário como o Jornal Nacional, por exemplo. As questões operacionais servem de justificativa para jogar todo o peso do esclarecimento sobre os entrevistados, já que o repórter não teve tempo para checar os dados e situações citados pelas fontes ou personagens da notícia.
Até os contínuos das redações sabem que cada protagonista procura justificar o seu lado. Para o entrevistado não importa a verdade, mas sim a forma como ele será visto e julgado pelo telespectador. A maioria dos políticos, funcionários públicos importantes e empresários já passaram por sessões de “media training” e sabem como escolher palavras e abordagens que não prejudiquem a sua imagem pública. Nestas condições, uma notícia num telejornal quase sempre acaba se transformando num desfile de performances, para aflição dos telespectadores que sabem que o principal não está sendo dito, mas não conseguem identificar onde está a verdade.
Se formos analisar ao pé da letra, o “ele disse, ela disse” não é jornalismo. Principalmente num contexto em que o público está cada vez mais necessitado de profissionais que o ajudem a entender um mundo cada vez mais complexo. Nós, os jornalistas, precisamos perceber que não é dessa maneira que manteremos a confiança de leitores, ouvintes, telespectadores e internautas. Mais do que nunca temos a obrigação de focar mais no contexto do que na espetacularidade das ações policiais, no impacto das denúncias de procuradores e nas manobras de políticos ou empresários.
As redações precisam se preocupar mais com o público do que com as fontes. Isto já foi dito várias vezes por inúmeras pessoas, mas parece que ninguém escuta em redações automatizadas pela rotina de produzir material noticioso que serve para separar um anúncio de outro. Os executivos ainda estão convencidos de que a credibilidade do público na imprensa é infinita, mas o que se nota no contato informal e direto com as pessoas é um criticismo crescente em relação a jornais, revistas e telejornais.
Por Carlos Castilho em 15/05/2015 Observatório da Imprensa

domingo, 29 de março de 2015

Após ato na Câmara, presidente anuncia votação para o Dia do Jornalista

FOTO: FENAJ
A mobilização da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e dos Sindicatos, ocorrida ontem à tarde, na Câmara dos Deputados, surtiu efeitos. No final da tarde, a bancada do PMDB decidiu pelo apoio à PEC do Diploma e o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, anunciou ao deputado Paulo Pimenta, autor da proposta na Casa, que a colocará em votação em 7 de abril, Dia do Jornalista.

Dirigentes da FENAJ e dos Sindicatos de Jornalistas, acompanhados por profissionais e estudantes, começaram a mobilização pela aprovação da PEC no início da tarde, visitando gabinetes e passando pelos plenários onde ocorriam reuniões da comissões. Diversos deputados foram abordados e a grande maioria declarou seu voto favorável.

Os deputados Edmilson Rodrigues (PSOL/PA), e Arnaldo Jordy, vice-líder do PPS, anunciaram que as bancadas de seus partidos já decidiram pela aprovação da PEC. Edmar Arruda, vice-líder do PSC, anunciou que o Partido não fechou questão, mas que a maioria da bancada apoia a luta dos jornalistas.

No final da tarde, após reunião da bancada, o vice-líder do PDMB, deputado Daniel Vilela, de Goiás, comunicou aos jornalistas que a bancada havia aprovado o apoio à PEC do Diploma. O anuncio foi feito logo após o encerramento do ato pela aprovação da PEC, realizado no Salão Verde da Câmara. No início da noite o líder do PMDB, Leonardo Picciani, do Rio de Janeiro, confirmou a posição do partido.

Durante o ato, a deputada Luizianne Lins (PT/CE), que é jornalista, disse apoiar integralmente a luta da categoria. Segundo ela, os jornalistas precisam de ser reconhecidos e valorizados. O deputado Edmilson Rodrigues também compareceu ao ato e enalteceu a formação de nível superior para a evolução do conhecimento humano.

A vice-presidente da FENAJ, Maria José Braga, defendeu a regulamentação da profissão, com a volta da exigência do diploma para o exercício da profissão. Segundo ela, o Jornalismo é uma atividade imprescindível à democracia e, por sua importância, exige profissionais qualificados. “O Jornalismo é garantidor da liberdade de expressão coletiva. É por meio dos jornalistas que a sociedade pode ter acesso à diversidade e pluralidade de opiniões”, disse.

Caravana
O ato em defesa da PEC do Diploma na Câmara dos Deputados contou com a participação dos dirigentes da FENAJ, José Carlos Torves e Wanderlei Pozzembom. Os sindicatos de jornalistas do país foram representados pelos presidentes dos sindicatos dos estados do Espírito Santo, Marília Poletti; de Goiás, Cláudio Curado; de Minas Gerais, Kerison Lopes e do Pará, Roberta Vilanova, além do coordenador-geral do Sindicato do DF, Jonas Valente, e do vice-presidente regional do Sindicato do Paraná, José Roberto Geremias e o ex-presidente da FENAJ, Américo Antunes.

Além da participação dos dirigentes sindicais, a mobilização de ontem foi reforçada por uma caravana de profissionais e estudantes de Jornalismo de Goiás e por estudantes do Uniceub, de Brasília. Os estudantes do Uniceub estavam acompanhados pelo coordenador do curso de Jornalismo, professor Henrique Moreira, que durante o ato pela aprovação na PEC, destacou o papel dos jornalistas, que é de servir à sociedade.

A FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas vão organizar novo ato pela aprovação da PEC do Diploma, a ser realizado no Dia do Jornalista. “Queremos que o ato se encerre com a comemoração da vitória”, afirmou Maria José, que representou a FENAJ, ontem, porque o presidente Celso Augusto Schröder, estava em viagem para participar de reunião da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ).

FENAJ

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Cássio vence Ricardo no 1º turno em Alhandra com diferença de 661 votos; em Caaporã o candidato do PSB foi mais votado que o tucano, disputa segue no 2º turno, confira

Cocó tem mais de 2 mil votos em Alhandra; não seria eleito, mas ficaria em terceiro lugar no município se não estivesse com candidatura indeferida pelo TSE

Nas maiores cidades, RC repete resultados de 2010 e vence em 7, enquanto Cássio tem desempenho menor que Maranhão



quinta-feira, 20 de março de 2014

A partir desta quinta, locais públicos de Alhandra vão virar espaços de entretenimento, conhecimento e cultura


A Secretaria de Educação de Alhandra realiza, nesta quinta-feira (20), a solenidade de lançamento do projeto “Por uma Alhandra leitora”, que será desenvolvido semanalmente, a partir de então, em várias localidades do município. O evento, que começa às 19h, na Praça de Nossa Senhora da Assunção, nas proximidades da Igreja Matriz, terá diversas ações, a exemplo de contação de histórias, apresentações teatrais e musicais e exposição de literatura infanto-juvenil. A proposta é fomentar na comunidade alhandrense o prazer pela prática da leitura. O prefeito Marcelo Rodrigues deve prestigiar o lançamento do projeto.

            O “Por uma Alhandra leitora” surgiu através da experiência desenvolvida na Escola Municipal Maria Cândida, na comunidade Riacho, com a realização de uma semana literária com os cidadãos da localidade, e através dessa ação, a Secretaria de Educação decidiu ampliar a atividade e criar o projeto que no primeiro bimestre será desenvolvida, em seis escolas da rede municipal, uma creche e em pontos estratégicos da cidade, como as praças dos bairros. A ideia é que, no segundo bimestre, o número de escolas atendidas pelo projeto e as localidades onde serão realizados eventos culturais seja ampliado.

O projeto vai envolver diversas ações na área da literatura infantil e adulta. Durante o ano letivo, serão realizadas atividades de mediações de leitura com história da literatura infantil, pontinhos de leituras na cidade e leitura na praça com apresentações teatrais e musicais, contação de histórias e exposições de trabalhos escolares e participação de escritores. Além de seminários, festas literárias e oficinas para a população e os professores das redes municipal, estadual e particular do município.

Para a coordenadora do projeto, Helioeny Carvalho, a solenidade de abertura fará apenas uma pequena mostra das ações que serão desenvolvidas nas instituições e no município ao longo do ano. “Nosso objetivo é levar a literatura e despertar a leitura desde o ensino infantil até o cidadão morador de Alhandra, através das ações levaremos livros e criaremos rodas de leituras em diversos lugares da comunidade”, disse Helioeny. “O projeto não tem data para acabar, ele é contínuo e acontecerá em diversos pontos da cidade para que todos possam ter acesso a leitura, de forma prazerosa”, completou Helioeny.

O secretário de Educação de Alhandra, Francisco de Assis Silveira, ressaltou a iniciativa do projeto como um processo de incentivo a leitura e de desenvolvimento intelectual da população. “Uma grande nação se desenvolve através da educação e a leitura é um instrumento fundamental, pois ela oferece para o cidadão várias possibilidades de crescimento”, disse o secretário, convidando os alhandrenses, de todas as idades, a prestigiar o lançamento do projeto.

Secom Alhandra

quarta-feira, 19 de março de 2014

Alhandra entrega ao MS relatório de recursos usados em 2013



A Secretaria de Saúde de Alhandra enviou o último relatório de execução orçamentária 2013, exigido pelo Ministério da Saúde, através do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde – SIOPS. O preenchimento de dados do SIOPS tem natureza declaratória e busca manter compatibilidade com as informações contábeis geradas e mantidas pelas administrações públicas, em conformidade com a codificação de classificação de receitas e despesas, definida em portarias pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN)/Ministério da Fazenda (MF).

Alhandra encaminhou os relatórios de resumo de execução ao governo federal através de certificados digitais onde são distribuídas as informações de gastos e receitas por bimestres. Isso significa que a cidade de Alhandra já está adequada às exigências do MS. Segundo o coordenador de controle de avaliação da Secretaria de Saúde, Cleiber Lucena, o relatório do SIOPS é uma forma do governo avaliar o percentual de gastos, realizados nas diversas áreas da saúde, pelos municípios e estado. “O Ministério da Saúde exige o cumprimento dos gastos e define o número de porcentagens de repasse de recursos nas diversas áreas para que a saúde seja desenvolvida de forma linear, com qualidade e eficiência”, disse Cleiber. “O não envio do relatório ao SIOPS pode desencadear no bloqueio dos recursos para o setor”, completou.
Segundo a secretária de Saúde, Albarina Kelly, a cidade de Alhandratem conseguido encaminhar os relatórios dentro dos prazos exigidos pelo governo federal e tem mantido a administração municipal na área da saúde de forma transparente. “Alhandra foi o primeiro município do litoral sul a encerrar o ciclo de 2013 de relatórios do SIOPS, com o encaminhamento dos dados equivalentes ao 6º bimestre, e isso coloca o município como referência administrativa nesta área”, lembra Albarina.

Desde a sua criação, em 2000, O SIOPS se constitui como um instrumento para o acompanhamento do cumprimento do dispositivo constitucional que determina aplicação mínima de recursos em ações e serviços públicos de saúde, tendo sido reconhecido seu papel na própria LC 141/2012, que o elege para tal. “O envio destes relatórios demonstra não apenas a seriedade com que os recursos de saúde estão sendo investidos em Alhandra, como reforça o compromisso da atual gestão municipal com a saúde da população, especialmente, dos mais carentes que são os principais usuários destes serviços”, finaliza a secretária, parabenizando o prefeito Marcelo Rodrigues por priorizar a saúde e investimentos nesta área.

A rede pública de saúde de Alhandra conta, atualmente, com um hospital municipal com plantões 24h, que atende várias especialidades médicas, com oito PSF’s, com uma policlínica, um Centro de Reabilitação e um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).

Secom Alhandra

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